quinta-feira, 30 de junho de 2016

Verificando a Terceira Lei de Kepler através do Stellarium

VERIFICANDO A TERCEIRA LEI DE KEPLER ATRAVÉS DO STELLARIUM


Objetivo

Nosso objetivo foi verificar a terceira lei de Kepler utilizando um aplicativo de fácil acesso, o Stellarium. Escolhemos um planeta, Júpiter e suas luas ( Io, Ganimedes, Europa e Calisto) para tomarmos como referência em nosso estudo. Este experimento pode ser realizado com alunos de qualquer série do ensino médio, e até mesmo fundamental, basta ter no mínimo conhecimento sobre período (T) em física, e algumas operações matemáticas como divisões e notação científica. Para realizarmos o experimento baixamos o aplicativo Stellarium em nosso computador, mas podemos baixa-lo pelo celular.


Introdução Teórica

Johannes Kepler astrônomo alemão viveu entre 1571 e 1630. É considerado o pai da astronomia moderna e descreveu três leis à respeito da relação entre os corpos celestes.
Na área da física, é chamado de período o tempo necessário para que um movimento realizado por um corpo volte a se repetir.
Publicadas entre 1609 e 1618, as leis de Kepler constituíram-se nas três comprovações básicas necessárias para explicar os movimentos de corpos celestes ao redor do Sol.
Kepler encontrou a elipse (círculo apertado), o que permitiu que ele elaborasse suas duas primeiras leis:

1. As órbitas planetárias são elipses das quais o Sol ocupa um dos focos.



2. Um planeta se move mais rápido quando está mais próximo do Sol e mais devagar quando está mis afastado dele, durante sua órbita.




Alguns anos mais tarde, Kepler descobriu a relação entre o tempo gasto para uma órbita e o afastamento do planeta com relação ao Sol. Seria sua terceira lei:

3. Há uma relação matemática entre o tempo que o planeta leva para realizar uma órbita em torno do Sol (T) e o raio da órbita desse planeta (R). A relação é dada por: 
onde K = constante dependente da massa do corpo celeste central que foi nosso foco nesse trabalho. O tempo que o planeta demora para dar uma volta completa está ligada ao comprimento do eixo da elipse.





Materiais utilizados

1 régua comum (centímetros). Para anotar a distância entre uma de suas luas ao centro de Júpiter.
2. Aplicativo Stellarium instalado no computador.





Procedimento Experimental

Utilizamos o computador, para realizar nossas observações e medidas.
Com a ajuda do comando (F1) tivemos acesso a todas as informações que precisávamos para manusearmos o aplicativo.
Localizamos o planeta Júpiter (passando o mouse na parte esquerda da tela e digitando o nome Júpiter) e escolhemos quatro luas para observarmos. Io, Ganimedes, Europa e Calisto. Vale lembrar que com a auto ajuda da opção (F1) foi de suma importância ela é responsável por exibir todas as teclas de atalho, pois foi necessário retirar a (A) Atmosfera, Superfície (G ), O nevoeiro para ver o movimento real do nosso objeto de estudo, em seguida utilizamos mais recursos como: A opção ( L ) aumenta a velocidade do tempo; A opção ( J ) diminui a velocidade do tempo; A opção ( K ) velocidade normal do tempo; A opção ( 8 ) Data e hora atuais; Centralizar o objeto na tela (Espaço)

De modo que tivemos esta imagem:






Google imagens




Veja, embaixo aparece a data e a hora local. Foi a partir daí que obtivemos o período de cada lua.


Para Calisto. Colocamos uma régua sobre a tela do computador e verificamos uma distância de 11,5 cm do centro de Júpiter até Calisto que será nosso Raio. ( R = 11,5 cm).

Anotamos a data e hora no momento da medição como sendo o período inicial 28/06/2016 às 16:52.

Com a tecla (L) aceleramos o movimento de Calisto até ele voltar ao ponto inicial, depois com a tecla (K) estabilizamos o tempo e vimos a data e hora que Calisto completou seu período: 15/07/2016 às 16:53. Ou seja Calisto leva aproximadamente 17 dias para completar um período ( T = 17 dias ).

Com essas informações calculamos a constante K com a expressão abaixo:

T^2/K^3 = K

(17)^2/11,5)^3 = 0,19



O resultado foi aproximadamente 0,2. Se a constante das outras três luas for o mesmo valor (ou aproximadamente) teremos que a Terceira Lei de Kepler é válida.

Para Io, fizemos o mesmo procedimento. Colocamos uma régua sobre a tela do computador e verificamos uma distância até o centro de Júpiter de R = 2,5 cm.

5. Anotamos a data e hora inicial 28/06/2016 às 17:00 horas.

6. Com ajuda das teclas (L) e (K), conseguimos obter um período final na data 30/06/2016 às 06:10 horas para Io. T = 1,75 dias.


(1,75)^2/(2,5)^3 = 0,19


7. Ganimedes R = 6,5cm. Período inicial 30/06/2016 às 10:58 horas. Período final 07/07/2016 às 06:23 horas. T = 7 dias


(7,0)^2/(6,5)^3 = 0,18


8. Europa R = 4,2cm. Período inicial 28/06/2016 às 17:00 horas. Período final 02/07/2016 às 01:33 horas. T = 4 dias.

(4,0)^2/(4,2)^3 = 0,2


Desconsiderando alguns erros na hora da medição com a régua e variação do período em alguns minutos. Podemos dizer que a terceira Lei de Kepler é válida. Pois o valor da constante K é igual para todos os corpos que orbitam um ponto de referência como fizemos com Júpiter.



Conclusão

Desconsiderando alguns erros na hora da medição com a régua e variação do período em alguns minutos. Podemos dizer que a terceira Lei de Kepler é válida. Pois o valor da constante K é igual para todos os corpos que orbitam um ponto de referência como fizemos com Júpiter.




Dificuldades:


Precisão exata na medição com a régua em centímetros. Mas podemos estabelecer a partir dessa análise uma margem de erro para que os valores sejam padronizados. Recomendamos que não escolham apenas Júpiter como material de estudo, temos também Urâno, Saturno, Marte.

Maceió 30 de junho de 2016


O Observatório Astronômico Genival Leite Lima é um dos grupos componentes do Centro de Ciências e Tecnologia da Educação, que está vinculado à Superintendência de Políticas Educacionais da Secretaria da Educação do Estado de Alagoas. Para realizar suas atividades conta com os apoios dos:
Usina Ciência da UFAL.
Fundação de  Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas.

Clube de Astronomia de Maceió

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Diâmetro do Sol através da Câmara Escura


CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DA EDUCAÇÃO DE ALAGOAS – CECITE
Observatório Astronômico Genival Leite Lima – OAGLL














DETERMINANDO O DIÂMETRO DO SOL ATRAVÉS DA CÂMARA ESCURA



Objetivo

Nosso objetivo foi determinar o diâmetro do sol com uma câmara escura de orifício. Com a ajuda de alguns conceitos básicos de Óptica : altura, distância e tamanho de imagens conseguimos obter resultados satisfatórios. Este trabalho pode ser feito em grupo. Observação: O experimento foi realizado em um período de afélio (terra mais afastada do sol), esta informação foi de suma importância no desenvolvimento dos cálculos. Para realizar este experimento tomamos como referência uma atividade proposta da Olimpíada Brasileira de Astronomia de 2014 nível 4.

Este experimento foi realizado no Observatório Astronômico Genival Leite Lima, sob orientação do Professor M.e. Adriano Aubert com o objetivo de usar conceitos astronômicos de calcular o diâmetro do sol utilizando materiais de baixo custo a fim de despertar o interesse dos alunos pelas ciências de um modo geral. Público Alvo : Para alunos de qualquer ano do ensino médio.





Introdução Teórica

Mostramos como Eratóstenes fez para medir o raio da Terra. Nesta questão vamos mostrar como você mesmo pode fazer para medir o diâmetro (D) do Sol, conhecendo-se sua distância até a Terra. Como o experimento foi realizado no dia 23/06/2016 Maceió AL em um momento de Afélio a distância da Terra ao Sol é de aproximadamente 152 milhões de quilômetros.





Materiais utilizados

1 régua milimetrada
1 lápis
1 fita adesiva
1 pedaço de papel vegetal (5 cm)
2 pedaço de papelão (ou papel resistente 10 cm)
1 compasso
1 pedaço de papel alumínio
1 tubo de aproximadamente 2 metros (pode ser de cartolina escura)




Materiais utilizados no experimento






Procedimento Experimental


1.Utilizamos um tubo de p.v.c. (cartolina preta) com cerca de 10 ou 15 cm de diâmetro e o mais longo possível 1,320 metros (pode ser de 2 metros para que o diâmetro do sol não apareça tão pequeno no resultado final).


2.De um lado tapamos com papel alumínio e no centro dele fizemos um minúsculo furo com a ponta de uma caneta 2 mm aproximadamente (para entrar luz solar).


Parte externa do tubo




3.Tapamos o outro lado do tubo com um pedaço de papelão milimetrado com um corte retangular no centro e colocamos papel vegetal (onde apareceu a imagem do sol) . Com simples semelhança de triângulos calculamos o diâmetro do Sol.



Parte interna do tubo (lado oposto ao papel alumínio





Cálculos:

Chamamos de (O) ao diâmetro do Sol e (p') ao diâmetro da imagem projetada pelo Sol sobre o papel vegetal (medido no experimento). Chamamos de (p) à distância Terra-Sol, lembrando que estamos no afélio (p= 152000000000 m) e (i)ao comprimento do tubo (i = 1,320m). Calculamos em metros o valor encontrado no laboratório do OAGLL para o diâmetro, O, do Sol. Só precisamos de uma regra de três simples.







Aluna Dayane Silva no Observatório Astronômico Genival Leite Lima observando o diâmetro solar.







Com um tubo de 1,320 m de comprimento, 0,8 m de diâmetro (valor despresível) a imagem do Sol que medimos foi de 12 mm


i/o = p'/p

(12.10^-3) / o = (1,32.10^-3) / (15,2053.10^10)

(meio pelos extremos)

(12.10^-3) X (15,2053.10^10) = o X (1,32.10^-3)

o = (12.10^-3) X (15,2053.10^10) / (1,32.10^-3)

o = 138,23.10^10 m

O diâmetro do sol calculado foi 138,23.10^10m
138,23 milhões de quilômetros.

O raio do sol basta dividir o resultado por dois = 69,1.10^10 m






Resultados:

Foram realizados 2 experimentos, o primeiro observamos o diâmetro projetado o papel vegetal sem uma régua, e achamos o valor de 14 mm = 0,014metros, onde o diâmetro do sol deu um valor de 161 milhões de quilômetros.
O segundo experimento ocorreu de forma precisa e mais correta em relação aos nossos cálculos, com o papel vegetal milimetrado, encontramos um valor no diâmetro da imagem de 12mm = 0,012m, onde encontramos o valor de 138,23 milhões de quilômetros.




Anexos:





Tampões para cada extremidade do tubo



Maceió 23 de Junho de 2016







O Observatório Astronômico Genival Leite Lima é um dos grupos componentes do Centro de Ciências e Tecnologia da Educação, que está vinculado à Superintendência de Políticas Educacionais da Secretaria da Educação do Estado de Alagoas. Para realizar suas atividades conta com os apoios dos:
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Fundação de  Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas.
Clube de Astronomia de Maceió













quinta-feira, 16 de junho de 2016

Determinando a massa da Terra com um pêndulo simples.



DETERMINANDO A MASSA DA TERRA UTILIZANDO UM PÊNDULO SIMPLES.


Objetivo

Determinar a massa da Terra utilizando um pêndulo simples através de seu período de oscilação.

Materiais utilizados

1cordão
1 massa 0,5m (para ficar presa ao cordão)
1 transferidor (ângulo máximo 5°)
1 cronômetro


Procedimento Experimental:

Construímos um pêndulo, usando um cordão e a massa
Deixamos o pêndulo oscilar (ir e voltar), anotamos o período de 5 oscilações
Depois calculamos o período médio
Por fim substituímos da equação da gravidade: g = 4p²L/T²


Cálculos:

T1 = 1,98s
T2 = 1,90s
T3 = 1,78s
T4 = 1,66s
T5 = 1,61s

Tmédio = 1,79s

Quando substituímos na equação de g encontramos o valor aproximado de : 11,01 m/s^2


Agora podemos encontrar o valor da massa da Terra com mais uma expressão
M = g²L/G

M = 5,97.10^24 Kg





Maceió 16 de Junho de 2016





Pesando um grão de areia



PESANDO UM GRÃO DE AREIA


Objetivo

Com os conhecimentos básicos de massa, densidade e volume. Iremos analisar quanto pesa um grão de areia (ou outro tipo de material com características semelhantes), com a ajuda de algumas ferramentas simples.


Materiais utilizados

1 balança
1 proveta graduada
1 micrometro


Procedimento Experimental

I.
Com uma balança determinamos a massa de um pedaço de rocha. (ou pedra)
Em seguida, determinamos o volume da mesma com ajuda de uma proveta.
Determinamos a densidade de um dividindo a massa já pesada pelo volume.

II.

Determinamos o diâmetro de um grão de areia (com ajuda de um micrômetro)
Calculamos o volume 4/3 x 3,14 x r^3. A massa foi encontrada por volumeXdensidade.

III
Como P= m.g , multiplicamos a massa pelo valor de g local, aproximadamente 9,8m/s^2





Maceió 16 de Junho de 2016

terça-feira, 14 de junho de 2016

Verificando Horário Solar e a Velocidade angular da Sombra utilizando o Gnomon



VERIFICANDO HORÁRIO SOLAR E A VELOCIDADE ANGULAR DA SOMBRA UTILIZANDO O GNOMON

O Gnomon é a parte do relógio solar que possibilita a projeção da sombra.


Objetivo

           Nosso objetivo é verificar e comparar a hora solar com a hora legal, fazendo relações com a ajuda do estudo do m.c.u (movimento circular uniforme) calcular a velocidade angular , deslocamento angular e do período da sombra do gnomo, em um local diferente ao horário de Brasília (horário padrão).
O gnômon deve ter sido o mais antigo instrumento astronômico construÍdo pelo homem. Em sua forma mais simples, consistia apenas de uma vara fincada, geralmente na vertical, no chão. A observação da sombra dessa vara, provocada pelos raios solares, permitia materializar a posição do Sol no céu ao longo do tempo.

Observando a sombra da gnômon ao longo de um dia, os antigos astrônomos puderam perceber que ela era muito longa ao amanhecer e que ia mudando tanto de direção como de comprimento ao longo do dia. Verificaram que o instante em que a sombra era a mais curta do dia, correspondia ao instante que dividia a parte clara do dia em duas metades. A esse instante deram o nome de Meio-dia e a direção em que a sombra se encontrava nesse instante recebeu o nome de Linha do Meio-dia ou seja, linha meridiana.


Materiais utilizados

1 régua milimetrada
1 lápis
1 transferidor de papel 360° (resistente)
1 bússola
1 palito (pequeno e fino)
1 relógio
1 fita adesiva

Introdução Teórica

A hora solar está relacionada com o movimento diurno aparente do Sol, e terá o seu meio dia, num determinado lugar, quando o astro (Sol) estiver na sua posição mais afastada em relação ao plano do horizonte no local que foi realizado o experimento.
A hora legal é uma convenção humana e que é ajustada duas vezes por ano para se aproximar da hora solar, no caso do horário de verão.
O Brasil está localizado pelas coordenadas 5°N até -33°S Latitude, e 35°W até -75W Longitude.


Procedimento Experimental

O experimento foi realizado em Maceió – AL, Tabuleiro dos Martins, que está numa localização de: S 9° 36' 36. 807” e W 35° 45' 18. 616”.
Colocamos o transferidor no chão, de forma que ele ficasse bem preso com uma fita para não interferir na coleta de dados;
Colocamos o palito entre o transferidor (no meio);
Marcamos a sombra exatamente às 12:00 horas de acordo com o relógio, e verificamos no transferidor o ângulo exatamente 90°;
A partir daí, iniciamos a contagem do período de 1 hora de acordo com o relógio.
Após 1 hora marcamos a posição final da sombra no transferidor (gnomon).







Cálculos:


Utilizando os dados que conhecemos temos que

24 horas => 360°
1 hora => x

x = 15°

De acordo com nossos dados, 1 hora equivale a aproximadamente 15° no transferidor. Levamos em consideração os dados geográficos de rotação da Terra e translação.


Resultados:

Foram realizados 2 experimentos, pois as condições climáticas interferiram na marcação precisa do período e deslocamento da sombra no gnomon.

O primeiro experimento foi realizado às 10:48 horas, quando a sombra no transferidor marcava 68°, após um pouco mais de 1 hora, 11:58 horas , o deslocamento angular tinha sido de 33° o que significava que a sombra no gnomon teria passado de 2 horas, e isso é um absurdo. O atraso na verificação da sombra, ocorreu devido a grande quantidade de núvens no local.

O segundo experimento ocorreu de forma precisa e mais correta em relação aos nossos cálculos, iniciamos 12:00 horas quando a sombra do gnonom estava em 90° no transferidor. Ás 13:00 horas a sombra do gnomon estava no ângulo de 74°, ou seja, houve uma variação de 16°.

15° => 1 hr
16° => x

x= 1,066hr Esta foi a hora solar exata que encontramos usando o gnomon

Ou seja:

x = 60 min . 1,066 hr / 1 hr

x = 63,96 min

O que vale dizer: 1 hora, 4 minutos, 36 segundos.


Conclusão

Com os conhecimentos básicos de geografia, sabemos que a Terra gira de Oeste para Leste, então os dados do nosso experimento foram satisfatórios pois os raios solares chegam primeiro na região de estudo (Maceió) do que em Brasília, que é a hora padrão no Brasil.



Dificuldades:

Muitas nuvens no local do experimento.

Anexos:







A sombra indica a posição angular final do nosso experimento.










Materiais utilizados.





Maceió 14 de junho de 2016

O Observatório Astronômico Genival Leite Lima é um dos grupos componentes do Centro de Ciências e Tecnologia da Educação, que está vinculado à Superintendência de Políticas Educacionais da Secretaria da Educação do Estado de Alagoas. Para realizar suas atividades conta com os apoios dos:
Usina Ciência da UFAL.
Fundação de  Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas.
Clube de Astronomia de Maceió